Lugares
apercebo-me
naquela noite
que
não há lugares comuns
sem
que os ângulos escuros da cidade
não
escondam o olhar perverso
dos
embriagados da malvadez.
e
amanheço dolentemente
imóvel
nos dedos
e
com as artérias entupidas.
visto-me
à pressa
com
a boca a saber ao vómito da noite anterior
e
despejo a raiva na neblina sulfurosa da manhã.
Embriago-me
num café
antes
que a saliva me queime as entranhas
e
volto à minha obscura solidão
carregando
as minhas tristezas e mistérios
longe
da perversidade alheia.
ana paula lavado ©
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