Desço
sobre a noite quando os pássaros dormem
e
surpreendo-me com o ar triste que vem das janelas
abandonadas
às memórias da morte.
Escorre-me
na pele o suor dos lençóis que se masturbaram
desocupados
de gente e de calor
e
o corpo incendeia-se com a boca a saber ao amargo
das
noites lentas.
As
ruas estão vazias.
As
águas que me pertencem já não são deste rio
e
os peixes têm a morte lenta da solidão.
ana
paula lavado ©
Estive a ler os últimos poemas que publicou e gostei muito. e quando tiver tempo vou ler mais, embora tenha a certeza que só vou encontrar excelentes poemas. A sua poesia é forte, bem estruturada e (pelo menos aparentemente) nasce-lhe na alma.
ResponderEliminarAna Paula, tenha uma boa semana.
Beijo.
Obrigado por me seguir. Como não me comenta, foi por isso que aqui vim de novo (creio que é a 2ª vez)
Obrigada Jaime,pelas suas palavras.
ResponderEliminarNão é aparente.A poesia nasce-me da alma.Só assim poderá fazer sentido.
Um beijo