Hei-de
emergir dos muros escuros da cidade
Hei-de
emergir dos muros escuros da cidade
ou
das terras profundas onde o cheiro a morte me sufoca.
Sentada
numa praceta onde moraram as aves
revejo
corpos embriagados a dançarem na lama suja do chão.
Um
candeeiro de lâmpada partida esconde os rostos
desfigurados
de álcool, pastilhas e coca
e
o rasto a sexo barato vendido nas esquinas mais escuras.
Rebenta-me
uma veia no peito e o sangue espalha-se
e
transforma-se em veneno que se alastra pelo corpo
e
me inunda, e me carrega a morte lenta da desilusão.
ana
paula lavado ©
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