sábado, 13 de junho de 2015

DEIXA-ME MORRER DE AMOR



Deixa-me morrer de amor

De todas as coisas do mundo
A que mais me desordena
Não é ter o olhar profundo
Não é ter a alma pequena.

Nem os recados enviados
De gentes que não têm lisura
Nem os adjectivos velados
De mentes sem compostura.

É algo que vem de dentro
Do corpo, da alma, da consciência
Fazendo desse ponto o epicentro
Da razão de toda a existência.

E antes que a vida me condene
E que a morte me leve em dor
Deixa que o mundo me desordene
Deixa que eu possa morrer de amor.


ana paula lavado ©