Quando as árvores crescerem III
No tempo das
amendoeiras, os ramos
finalizam em flor, orgasticamente
róseas de segredo.
Inunda-se o enigma
das paixões, impendente em cada floração.
No tempo das
amendoeiras alongo-me nos braços, para que
floresçam à
semelhança do teu corpo. Róseo de ramos férteis
e iluminuras entre
os dedos, percorres as linhas onde
te concebo, sem que
o tempo desnude a fantasia.
As terras de xisto
floram todas as luas, e quando
as árvores
crescerem, as marés dos olhos florarão
sem que finde o
tempo das amendoeiras.
ana paula lavado
©
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