Se os temesse
Se os temesse, Meu
Deus,
como temo a
precocidade do fim,
nos horrores com
que projectam maldição,
fugiria ao Mundo,
ao Universo
como desígnio de
condição.
Sejamos breves, que
as constelações não demoram
mais que breves
instantes da imaginação.
Se os temesse, Meu
Deus,
como presságios de
inoculação,
ocultaria os meus
vícios de verdade
expurgaria os meus
defeitos de imposição.
Se os temesse, Meu
Deus.
Ah! Não os temo
nem lhes cobiço a
imposição.
Que a sombra lhes
engane a sorte
que a exactidão
seja mais forte
que a sua vontade
de imprecação.
ana paula lavado
©
Fotografia de Francisco Navarro
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