Quando as árvores crescerem II
Ontem o mar voltou
a bramir. Brados murmúrios
que o vento prolongou
sem que a memória
alterasse a sonância.
Nunca vacila no ritmo
nem na espera dos
homens, que eles voltam sempre
à hora que a faina ordena.
Trazem sereias nos olhos e
redes enoveladas em
espera, apertando os anseios
que os olhos ocultam.
Quando as árvores
crescerem, moverão o xisto das raízes,
e elas
prolongar-se-ão até ao mar. Esse mar onde vives
e me anima a existência,
sem que o brilho das marés
revele a maré
preia.
Quando voltar a
bramir, o mar, voltarei sereia
ocultada nos teus
olhos!
ana paula lavado
©
No espaço do FB de um amigo comum vi o link para o seu bligue e vim descobri-lo.
ResponderEliminarGostei.
Ou não descrevesse, também eu, por vezes as proezas das sereias na preia mar do desejo...
Beijinhos.