quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

NÃO DIGAS QUE VAIS, MEU AMOR



Não digas que vais, meu amor

Ouve o grito longínquo dos astros
o aroma a trigo das sementeiras
o lamento do rio quando se morre
o perfume da flor nas amendoeiras.

Ouve a água no sibilar dos versos
A ânsia nocturna do entardecer
O clamor incendiado do deserto
O canto do rouxinol no alvorecer.

Não digas que vais,
meu amor,
que eu não poderei ouvir jamais.

ana paula lavado © 

(foto da internet) 

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