Podeis!
Podeis matar-me os
pés
Se deles retirardes
a carne e o sangue,
Podeis atar-me a
mãos
Para que elas não verbalizem
quaisquer paradoxos,
Podeis mutilar-me o
corpo
Para que dele não
expire qualquer sombra de glória,
Podeis retirar-me a
tinta, a caneta, o papel,
Desmentir as minhas
frases interditas
E rasgar a sombra
da minha pele,
Podeis ocultar o
meu vício de verdade,
Podeis negligenciar
a minha força de vontade,
Podeis até dizer
que não existe quem sou,
Mas jamais calareis
o grito da minha voz
Jamais roubareis o
caminho por onde vou!
ana paula lavado
©
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