terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

ÉS TANTAS VEZES O LENÇOL




És tantas vezes o lençol

És tantas vezes o lençol
Que cobre a nudez do meu seio
Que sinto, nas noites que não tenho
O lençol do teu corpo em anseio.

E os afagos! Ah os afagos
Com que arrendas a cor dos meus dedos
São palavras que murmuram na pele
Como as ondas dos nossos segredos.

E quando à noitinha me desnudo
E te entrego o meu corpo por inteiro
És tantas vezes o lençol
Que cobre a nudez do meu seio.

ana paula lavado © 

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