quinta-feira, 30 de abril de 2009

A DOR

A dor é um cárcere permanente
uma clausura embriagada e demente
um destino trasladado em reclusão.

É um cântico adoçado com veneno
um ritual sorumbático e obsceno
uma esperança morta na incubação!

É uma luta de raiva e de tormento
um fustigar de medo e de lamento
uma dor que se acrescenta a outra dor.

É a alma delida num fogo prolongado
é a denúncia de um viver inanimado
é a morte anunciada ao pormenor!


apl in "Um Beijo... Sem Nome" ©

1 comentário:

  1. "a dor é um cárcere permanente",será...
    Da intensidade com que se sente, somos nós o carcereiro. Levantar, sacudir a poeira e voltar a voar, esvanece a dor mais profunda da queda.

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