Sufrágio da morte
No
sufrágio da morte,
perante
a plateia de eleitores,
a
tua alma inquietada
não
tem nada.
Só
um desejo insano
uma
vontade velada
mais
nada.
És
um herói
sem
causa nenhuma
uma
lacuna
um
fosso entre a realidade e a ficção.
És
um fraco
uma
indecência da vida
uma
incoerência
uma
discrepância
uma
anulação.
E
na altura do voto
gritas
pleno de vontade:
“esta
não é a minha hora!
Olhai
a verdade,
preciso
de tempo
preciso
de alento
preciso
demonstrar
que
sou herói”.
Não
tens nada a temer.
Oh
vontade primeira!
Neste
sufrágio não queres vencer!
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