A rua e o rosto
Quando
subo uma rua,
dessas
que também descem,
encontro
sempre alguém
que
parece ser ninguém
porque
não vejo
nenhuma
face no rosto.
Estou
cega
por
dentro
nas
veias, nas entranhas, no peito.
Durmo
sem leito
numa
cama sem lençóis
dentro
do ventre que me ocupa.
E
a rua que subo
não
tem destino nem fim.
Só
cansaço, só fadiga.
Nenhum
rosto se lembra de mim.
ana
paula lavado ©
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