Dói-me
Dói-me este mar
que carrego no peito
e as estrias dos
Invernos que se aproximam.
Dói-me esta voz
que cala as memórias
e a cinza dos
dedos que afagam o lume.
Dói-me a palidez das
noites que passo em surdina
e a ausência dos
teus passos na minha cama.
Dói-me o silêncio
dos versos inacabados
e as palavras que
morrem sem ter verbo.
Dói-me o trilho
que me sulca as veias
e a lágrima que me
seca a lembrança.
Dói-me o gesto que
ignora o infinito
dói-me o amor que
morre sem esperança.
ana
paula lavado ©
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