Passagem
Há passagens no
mundo
que não escolhi.
Faço de conta
que não é nada
comigo
mas suspendo-me
devagarinho
estupefacta.
Não é a arte
abstracta
que me espanta.
Antes espantasse.
Mas o viril
escárnio,
de quem padece sem
cura,
doente de impiedade.
Oh crueldade
que encarnas o
princípio do fim.
Do fim do mundo
se é que é mundo
esta passagem antes
do fim.
ana paula lavado ©
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