Só eu, e o rio
Acabaram os abraços ao fim da tarde
Os enlaces das palavras, os desejos em desvario
Acabaram os silêncios de quem parte
Agora só eu
E o rio
E as margens cobertas de virgens inquietas
O leito, peregrino dos amores que partiram
Ao longe, talvez, perto da Foz
Onde pipilam as gaivotas em dia de calmaria
E se imergem os sonhos em hora de maré preia
Só eu
O rio
E a minha nudez de sereia.
ana paula lavado ©
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