segunda-feira, 21 de março de 2016

SÓ EU, E O RIO



Só eu, e o rio

Acabaram os abraços ao fim da tarde
Os enlaces das palavras, os desejos em desvario
Acabaram os silêncios de quem parte

Agora só eu
E o rio

E as margens cobertas de virgens inquietas
O leito, peregrino dos amores que partiram

Ao longe, talvez, perto da Foz
Onde pipilam as gaivotas em dia de calmaria
E se imergem os sonhos em hora de maré preia

Só eu
O rio
E a minha nudez de sereia.

ana paula lavado ©



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