quinta-feira, 24 de setembro de 2015

VENDAI-ME OS OLHOS



Vendai-me os olhos

Deitei a terra ao chão
nas raízes que o orvalho prolongou.

E na sombra escura
crescem álamos selvagens
sedentos de justeza,

mas a chuva sonâmbula
seca prematuramente
a hora tardia.

Vendai-me os olhos
que não verei a morte.

ana paula lavado©



Sem comentários:

Enviar um comentário