Deixa o meu corpo morar no teu corpo
Deixa o meu corpo morar no teu corpo
como
um pássaro de asas soltas
no
alto dos montes.
Dá-me
um rio,
nascido
das tuas fontes,
com
margens inquietas
e
rumores tardios.
Estreita-me
a saudade
no
maior dos desvarios
e
dissipa a ausência das noites
quando
as noites não têm virtude.
Dá-me
a tua mão,
somente
a tua mão desnuda,
o
silêncio da tua voz muda,
e a
calma dos teus olhos prudentes.
Serei
corpo alvo dos teus anseios,
travo
doce na calma meus seios,
o
amanhecer no tempo dos ausentes.
ana
paula lavado ©
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