Vendai-me os olhos
Deitei a terra ao chão
nas raízes que o orvalho prolongou.
E na sombra escura
crescem álamos selvagens
sedentos de justeza,
mas a chuva sonâmbula
seca prematuramente
a hora tardia.
Vendai-me os olhos
que não verei a morte.
ana paula lavado©