A porta
Abro
a porta
e nada
vejo.
Nem
a luz dum candeeiro
nem
a sombra da neblina.
A
porta é um vão
criado
em contra-mão
desajustado
da rotina.
Uma
parede vazia
um
retrato por pendurar
uma
cama despida
uma
nudez por amar.
Um silêncio
amortecido
um ventre
desalinhado
um verso
destruído
um poema
amordaçado.
ana
paula lavado ©
Fotografia do google
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