sexta-feira, 13 de março de 2015

AGARRO O TEMPO



Agarro o tempo

Agarro o tempo e penetro-o na pele
como lança em brasa por um fogo feiticeiro.
Hoje é o primeiro
o segundo, o nono
o infinito dos dias que transformo
e conjugo na palma das mãos.

Como um verso oblíquo e sem nexo
um ângulo agudo ou convexo
uma folha de papel por escrever.
Hoje é o primeiro
o segundo, o terceiro
o infinito dos dias, o feiticeiro
que a morte não consegue perverter!

ana paula lavado © 


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