sábado, 4 de julho de 2009

A INVENÇÃO DO AMOR



O Amor não é mais que uma invenção dos sentidos

onde inventamos as invenções do corpo e da mente.

Não é mais que um paradoxo.

Seria um cepticismo, se não fosse uma constatação.

Somos prodigiosos na invenção.

Inventamos o mar, as flores, o pôr-do-sol,

e uma enormidade de expressões quixotescas.

Ridículo!

Devaneios que deveriam ser eliminados à nascença.

Não…

Nem sequer deveriam ter tempo para nascer.

Matá-los numa fase embrionária seria o mais razoável.

Evitavam-se o parto da entrega e o fluir da ilusão.

Tudo seria mais inteligível.

Trocar-se-iam prazeres momentâneos

por outros prazeres de igual expressão

sem dádivas interiores.

Uma troca simples e concreta. Um negócio.

Um contrato isento de assinaturas e promessas.

Não haveria lugar à sensação de entrega

e subsequente perda de uma parte de si.


Uma invenção!

Exactamente igual à invenção do Amor!


apl in “47 Poemas de Amor” ©



5 comentários:

  1. quem escreveu isto carago?
    estavas a deitar o olho a um rochedo da praia?

    ResponderEliminar
  2. O amor é uma energia tão universal, impessoal e absoluta que... até os Buzios o sentem

    ResponderEliminar
  3. Principalmente...
    Quando os Búzios se orgasmam no mar!

    ResponderEliminar
  4. Uma troca simples e concreta...um negócio!
    Concordo!

    ResponderEliminar