Amei, ah como amei
Amei,
ah como amei
os
campos em pousio antes das sementeiras
e
a sedenta vontade das primeiras flores
antes
que o tempo as deixasse despertar.
E
nos poentes amei o mar
O
barulho incessante do sal a germinar no corpo
e
o cais onde os navios repousam dormentes.
Amei
o silêncio das madrugadas inquietas
as
cidades descobertas na vertigem da noite
e
a melancolia viandante das cinzas das manhãs.
Amei,
ah como amei
as
memórias da virgindade da adolescência
e
o insano despudor com que me atrevi a amar.
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