O Sonho
O que há para lá do
sonho
que os deuses não
descortinam
nem a cortina que
ouso descortinar
sonha que o sonho nasce
nos rios
e que os rios morrem
no mar.
E do outro lado da
margem
que ousa
descortinar-me os medos
lanço-me nas águas
fecundas
como se delas
fossem acervos
os anseios dum
beijo reservado.
Morro-me de nada
como se nada me morresse
a vontade fecunda
ou outra vontade
que eu tivesse
no desejo que me
profunda.
E como quem mata o degredo
inundo-me neste
segredo
que não desvelo,
não descortino
nem ouso
descortinar
que o sonho nasce
nos rios
e que os rios
morrem no mar.
ana paula lavado ©
( foto retirada da internet)
COMO GOSTO DE TE LER. MBOM
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