Perpetuo os olhos na imagem
que se transfigura cálida, incandescente
nas mãos que o meu corpo adivinha.
Sinto-o ao longo desta margem
como um rio que corre transparente
no ventre inclinado de uma colina.
E no último raio do poente
na penumbra que à noite se aumenta
descanso em fervilhar dormente
a intenção que a vontade sustenta.
ana paula lavado ©