Dá-me o teu corpo para navegar
nas sombras cálidas dum mar calmo
exaurindo a névoa da madrugada.
Só me resta incendiar-me
suplicando ao sol que sustenha o seu domínio
e não afogue as tardes em invernia.
Eis-me, crucificada e exausta
sobre este chão que me consome
extinguido em horas longínquas.
Pousa-me as letras que não compreendo
entre as mãos gastas de loucura
e legenda a minha combustão.
E transcreve-me o silêncio do espaço
nas sombras cálidas de um mar calmo
consumindo-me o corpo desejado.
ana paula lavado ©
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