Tento não fugir à
racionalidade das coisas
Tento
não fugir à racionalidade das coisas
colocando
os objectos, milimetricamente ordenados,
no
local certo.
O
corpo arde, inflamado por esta compostura,
que
se torna agoniante.
O
lugar dos objectos não tem racionalidade.
O
lugar dos objectos tem a mestria do Universo
e
a incompreensão do nosso pensamento.
Coloco
uma cadeira no meio do jardim
esperando
que nasçam flores em seu redor.
Sento-me,
pego num livro e folheio as páginas amarelecidas
em
busca de algum entendimento.
Nem
nasceram flores em volta da cadeira
nem
entendo a racionalidade das coisas.
ana
paula lavado ©