Deixa-me morrer de amor
De
todas as coisas do mundo
A que
mais me desordena
Não é
ter o olhar profundo
Não é
ter a alma pequena.
Nem os
recados enviados
De gentes
que não têm lisura
Nem os
adjectivos velados
De mentes
sem compostura.
É algo
que vem de dentro
Do corpo,
da alma, da consciência
Fazendo
desse ponto o epicentro
Da razão
de toda a existência.
E antes
que a vida me condene
E que
a morte me leve em dor
Deixa que o mundo me desordene
Deixa que eu possa morrer de amor.
ana
paula lavado ©