domingo, 20 de janeiro de 2013

VESTI-ME DE TI



Vesti-me de Ti!

Como eu gostava de me morrer
na linha infinda de um poema.

De alma nua entrego
no deslizar dos dedos
a fragrância do meu perfume
colhido ao acaso.

E num indisfarçável desejo
concebo-te sem hora marcada.

Fui tua nesta jornada
de impensável sedução.
Nesta escandalosa ânsia
de sentir minha nudez
e vesti-la de ti.

E neste prazer insaciável
de me morrer por te ter,

morro-me
na linha infinda de um poema!

ana paula lavado in "Um Beijo... Sem Nome", Corpos Editora, 2008

(foto do google)

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