quinta-feira, 29 de novembro de 2012

RUAS


Ruas

Por trás das ruas
Silenciosas de rumores
Mil poemas se empalidecem
Na obscuridade das sombras.
Perderam-se as palavras
Nas portas sem número
Alinhadas escrupulosamente
Por ordem nominal.
Ninguém por certo adivinha
Que numa travessa sem nome
Havia um caminho para o mar.
E no silêncio agreste que não vinha
Fui eu com as palavras nas mãos
Escrever um poema para te dar!

ana paula lavado ©  

 (foto da internet)

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