quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O QUE RESTA DA MIM




O que resta de mim

Troca-se o tempo por outro tempo
quando mais nada sobra de mim.
Incandesce-se a aurora
num tempo diluto de sintonia,
e as margens do tempo
derramam virtudes.

Talvez sejas breve,
como as águas em hora de vazio
que não passam de pressentimentos.
Se pudesses ouvir o rumor dos meus sentidos
acolherias adentro o que derrama no fim.

Mas passas, impunemente altiva,
expulsando a demora do que resta de mim.

ana paula lavado ©  

(foto retirada da internet)

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