segunda-feira, 27 de agosto de 2012

JASMINS



Jasmins

Penso como as flores murcham
sem alimento.
Talvez um dia
as possa alimentar de seiva
e elas permaneçam perenes.
Cansa-me a efemeridade
das coisas alheias
que não necessitam de acolhimento
permanecendo inertes à vontade.
E rasgo as veias
como se da minha loucura nascessem jasmins
intransmutáveis ao pensamento.
Tal como a névoa que se esfuma
enegrecem-se as estrelas
perecendo mais distantes que nunca.
Na noite escura
morrem as letras
nas palavras escritas sem paixão.

ana paula lavado ©


 (foto retirada da internet)

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