sábado, 9 de maio de 2009

SÓ TU !

Amordaçam-se as memórias
das palavras.
Linhas supérfluas
gastas de imaginação
de um transformismo acromático.
Ter ou não ter
é vazio de expressão
num verso metamórfico
ou numa metafísica encapsulada.

Não há céu nem limite.
Não há fantasmas alegóricos
nem utopias fantasiadas.
Só tu
vagabundo na memória
fugitivo num silêncio revolucionário.

A viagem
pintaste-a na solidão
que a irreverência deixou por preencher.
E rasgas a vontade agonizada
num desejo negado
sem convicção.

Ontem fui à baixa.
As ruas desertas
estavam cheias
da tua ânsia desmesurada.

Mas não é na baixa que me vais encontrar!


ana paula lavado in “Mentes Perversas” ©

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